Jeep: a grelha faz parte do mito

A grelha dos Jeep é uma das maiores imagens de marca da história. Tem uma notoriedade próxima das garrafas da Coca Cola e poucos construtores de automóveis, salvo a Rolls Royce, poderá rivalizar com o todo-o-terreno americano.

A história começou em 1941 com o Willys, um modelo inovador que garantiu a mobilidade do exército americano durante a II Guerra Mundial e foi um "cavalo de batalha" durante muitas décadas.

Em 1945, depois de terminado o conflito, a Willys desenvolveu uma versão vocacionada para uma utilização civil. Surgia assim o CJ-2A. Só que, de acordo com as regras de homologação em vigor nos Estados Unidos, o diâmetro dos faróis tinha de ser maior do que nas versões militares, obrigando a redesenhar a grelha. Mas as sete entradas de ar verticais continuaram a ser uma imagem de marca, que se manteve até aos dias de hoje.

É certo que a reformulação do modelo ao longo dos anos alterou a imagem da grelha mas, mais alta ou mais larga, as sete entradas de ar estiveram quase sempre presentes ao longo dos 75 anos de história do Jeep.


Quando há uma imagem que se transforma num ícone há sempre uns iluminados que procuram explicar o inexplicável. Como seria banal dizer que a grelha da Jeep é assim porque calhou, porque era mais fácil de produzir ou mais robusta, surgiram explicações metafísicas que reivindicam a inspiração nos "sete continentes" ou nas "sete cores do arco íris"...

No meio disto tudo, o que interessa verdadeiramente é que, 75 anos depois do Willys ter ajudado a infantaria americana a vencer a II Guerra Mundial, ainda há modelos que mantêm viva a tradição do primeiro grande todo-o-terreno da história e o futuro está assegurado.

O actual Wrangler será produzido até ao final de 2017, mas antes disso a marca americana do Grupo Fiat Chrysler Automobiles vai apresentar o novo Wrangler, apesar da data e do local ainda não terem sido anunciados.






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